sábado, 28 de março de 2015

Desamparo

Desamparo

Dias passam...
Dias passam...
A sensação ruim continua...
O futuro traz problemas amargos...
Preocupações o tempo todo
O medo
A sensação de se cair nm buraco fundo e escuro
Sem ter onde se agarrar...

Responsabilidades aumentam
Será que dá para se arcar?
Rearrumar a vida
para tudo isso suportar...
Mas, agora, qualquer revés
torna-se uma turbulência enorme
E você conduz sua nau
pelas águas das violentas tempestades

Mas, em meio a toda essa tormenta
devo buscar a corda da vela
consertar o mastro quebrado
apontar o barco na direção do vento
e rasgar o negro do céu nublado noturno
como o guerreiro que atira a lança
ao coração do monstro lendário
e, assim, chegar a águas calmas

Mas eu ainda me sinto muito fraco
Muito desamparado
Será que conseguirei?
Como ser forte como uma rocha
se minha alma ainda é mole como seda?
Como manter meu rumo
se meu leme ainda está quebrado?
Perguntas sem respostas

sem respostas...



domingo, 22 de março de 2015

Mãe (à Leony)

Mãe (à Leony)

No início é apenas uma sensação
Tato quente, alimentação
Com o tempo, é uma voz amável
Que te trata de forma afável
Mais tarde, ela chama tua atenção
Para lhe indicar na vida a melhor direção
Nesse momento, você já a vê
E sabe que, com ela, sua vida vai viver

O tempo passa, você cresce
A inocência se desvanece
A intempérie se instaura
Fere agudamente sua alma
E, desta vez, é você quem acolhe
Nesses momentos de dor, não há ninguém quem olhe
Mas você, firme está lá
E ela sabe que em você pode contar

Mas o tempo, esse miserável
Muda tudo de forma implacável
Você cresce, a vida distancia
"Busque novos rumos!", a vida desafia
Você não está mais por perto
E o seu antigo mundo cai num futuro incerto
Espiral descendente
Espiral descendente...

Hoje, as dores não mais existem
Nem os sofrimentos
Exceto para nós, que ainda revivem
Os antigos momentos
Numa tentativa vã de aplacar a dor
E de superar o estado de torpor
Força devemos buscar
Para o difícil futuro poder encarar...

Pelo menos, ficam as lembranças...




segunda-feira, 2 de março de 2015

Poesia - Passando Mal

Passando Mal (29/12/2011)

Primeiro vem o cansaço
Depois, o mal estar
Quando vejo, vou desmaiar
E no sofá, vou deitar

Aí, é melhor ir para a cama
Só me levanto para no banheiro ir me aliviar
Meu corpo dói pra caramba
E estou perto de vomitar

Vem a febre
Vem o frio
Vem a revolta das salmonelas

No dia seguinte, eu acordo
E a bonança depois da tempestade
Meu corpo preparado para outra maldade

domingo, 1 de março de 2015

Poesia - Fim do Mundo!

Fim Do Mundo! (17/12/2012)

Disseram que no próximo fim de semana acaba o mundo!
Palavra dos antigos Maias
Sairão da terra os moribundos
E voarão pelo céu as arraias
Alguns já subiram a serra
Para olhar, lá do alto
O fim do Planeta Terra
E a agonia do incauto

Mas, será que o mundo acaba mesmo?
Sei lá, para mim, já acabou
Morro se comer muito torresmo
Morro se me portar da forma como eu sou
Morro atingido por bala perdida
Morro pela doença inesperada
Vivo cercado pela criatura combalida
Vivo com a minha paciência atacada

Que mundo que nós criamos?
Sentimentos de raiva, sentimentos insanos
Busca desesperada pelo vil metal
Faz a todos passar muito mal
Guerras exterminam a torto e direito
Deixando os mais otimistas sem jeito
Assim não dá, fica impossível!
Transformamos nosso planeta em lugar terrível!

Chego, então, a uma conclusão
Não é sobre o fim do mundo que devemos falar
Mas sim, sobre como recomeçar
E ver onde o sonho virou ilusão
Buscar renovar a esperança
Pois o humano conhece a temperança
Construir uma Terra de futuro e amor
E purgar de vez a maldita dor



(Poema terminado em 31/1/2013, ou seja, os Maias foral mal interpretados...)