No Bar...
Hoje cheguei cedo...
Onze e meia...
Sento na mesa de sempre...
Um dry martini, Joe...
Nada de vinho...
A noite, hoje, é especial...
"The Boys From South" vão tocar...
Faz tempo que eles não aparecem por aqui...
Ah, lá estão os caras!
Big Boy no baixo!
O latino tem só um metro e meio!
Usa o banquinho para tocar o instrumento
que tem quase o dobro de seu tamanho!
Os dedos são calejados
pelas grossas cordas...
O homem nem sente mais dor...
Na batera, está o Sugar...
Mais negro que a noite...
Cheio de ritmo!!!
Parece que ele tem cinco braços
e seis pés...
Nunca vi outro igual!
O monstro de percussão geme com ele
e come na sua mão!
Na guitarra, tá o Angel Snow...
Branquinho como a neve!
Lá de New Orleans!!!
Sons celestiais nas cordas!
Uma carinha de bom moço,
por causa de seus cachinhos louros.
As menininhas suspiram
e ele lança beijos inocentes...
Finalmente, nos vocais,
Daddy Voice!
O homem é poderoso!
Cabelos vermelhos como o fogo!
E a voz mais inflamada do Mississipi!
Vai do agudo ao grave
em fração de segundo!
E ainda é a elegância em pessoa!
Eles tocam de tudo!
De "Night and Day"
a "Old Man River",
passando por "Cheek to Cheek".
Outro dia, tocaram "Continental"!
Os homens sabem tudo!
Sua sincronia é divina!
Deuses musicais!
Eles são os "The Boys From South"...
Blog feito por Carlos Eduardo Lohse Rezende com o objetivo de divulgar sua produção em Artes Plásticas, Literatura e Fotografia. Deixe sua sugestão e contato nos comentários desse blog!!!
domingo, 26 de abril de 2015
domingo, 5 de abril de 2015
Obra Numa Manhã De Domingo
Estou no oitavo sono...
Tudo calmo... calmo...
De repente... um barulho ensurdecedor!!!
Ah, maldito caminhão!!!!
Caminhão de cimento!!!!
Motor a mil!!!
Fim do sossego...
Começo da falta de respeito...
Vou ao guarda-roupa
Abro as portas
Procuro, procuro, procuro
Xiii, não está lá...
Ah, já sei!!!!
Está na sala!
Atrás do sofá!!!
Deixa eu ir pegar...
Ah, aqui está você!
Sua danadinha!
Que bom que te limpei ontem!
Vamos lá embaixo, minha queridinha...
É hora de tocar o terror
Descendo pelo elevador
Oi, dona Maricota, tudo bem?
Qualquer dia vamos conversar se foi minha cachorrinha que latiu ou não...
Já na calçada!
Aqui está uma posição muito boa.
Preparar, apontar...
KABUM!!!!!!!
Ah, que alegria!
Caminhão em chamas!!!!
O silêncio está de volta!!!
Agora posso voltar a dormir!!!
O que seria de mim sem a minha bazuquinha????
Tudo calmo... calmo...
De repente... um barulho ensurdecedor!!!
Ah, maldito caminhão!!!!
Caminhão de cimento!!!!
Motor a mil!!!
Fim do sossego...
Começo da falta de respeito...
Vou ao guarda-roupa
Abro as portas
Procuro, procuro, procuro
Xiii, não está lá...
Ah, já sei!!!!
Está na sala!
Atrás do sofá!!!
Deixa eu ir pegar...
Ah, aqui está você!
Sua danadinha!
Que bom que te limpei ontem!
Vamos lá embaixo, minha queridinha...
É hora de tocar o terror
Descendo pelo elevador
Oi, dona Maricota, tudo bem?
Qualquer dia vamos conversar se foi minha cachorrinha que latiu ou não...
Já na calçada!
Aqui está uma posição muito boa.
Preparar, apontar...
KABUM!!!!!!!
Ah, que alegria!
Caminhão em chamas!!!!
O silêncio está de volta!!!
Agora posso voltar a dormir!!!
O que seria de mim sem a minha bazuquinha????
quinta-feira, 2 de abril de 2015
Golfinhos na Baía de Guanabara...
Ei, José?
O que foi, Renê?
Olha o pneu!
Ufa, desviei, obrigado!
Caramba, José!
O que é agora, Renê?
São as garrafas pet!
Desviando, upa, upa, ops! Acertei uma!
Até que a água está clarinha hoje, né Renê?
Ô, José, está ótima!
Visibilidade de vinte centímetros à frente!
Pois é! Tem dias que só dando nossos saltinhos para enxergar!
Olha lá, Renê! A barca!
Ops, ops! Cuidado com a marola!
Lá vem ela, Renê!
TCHÁÁÁÁÁÁ!!!!!
Ai, José, que chatice!
Por que você resmunga tanto, Renê?
Estou cansado de nadar nessa baía suja!
Você ainda não se acostumou?
E dá para acostumar, José?
É, Renê, realmente é muito difícil...
Por que nossos parentes da terra firme são tão porcalhões?
Sabe-se lá, Renê... sabe-se lá.
Acho que só a gente ainda nada por aqui, José...
Todos os outros já desistiram, Renê...
E pensar que na época dos nossos tataravós, tudo isso aqui era muito frequentado
Já pensou como devia ser, Renê?
Ah, José, não dá nem para imaginar...
Será que limpam tudo até as Olimpíadas?
E você acredita em milagre, José?
Esquece o que eu falei, Renê... vamos nadar...
O que foi, Renê?
Olha o pneu!
Ufa, desviei, obrigado!
Caramba, José!
O que é agora, Renê?
São as garrafas pet!
Desviando, upa, upa, ops! Acertei uma!
Até que a água está clarinha hoje, né Renê?
Ô, José, está ótima!
Visibilidade de vinte centímetros à frente!
Pois é! Tem dias que só dando nossos saltinhos para enxergar!
Olha lá, Renê! A barca!
Ops, ops! Cuidado com a marola!
Lá vem ela, Renê!
TCHÁÁÁÁÁÁ!!!!!
Ai, José, que chatice!
Por que você resmunga tanto, Renê?
Estou cansado de nadar nessa baía suja!
Você ainda não se acostumou?
E dá para acostumar, José?
É, Renê, realmente é muito difícil...
Por que nossos parentes da terra firme são tão porcalhões?
Sabe-se lá, Renê... sabe-se lá.
Acho que só a gente ainda nada por aqui, José...
Todos os outros já desistiram, Renê...
E pensar que na época dos nossos tataravós, tudo isso aqui era muito frequentado
Já pensou como devia ser, Renê?
Ah, José, não dá nem para imaginar...
Será que limpam tudo até as Olimpíadas?
E você acredita em milagre, José?
Esquece o que eu falei, Renê... vamos nadar...
sábado, 28 de março de 2015
Desamparo
Desamparo
Dias passam...
Dias passam...
A sensação ruim continua...
O futuro traz problemas amargos...
Preocupações o tempo todo
O medo
A sensação de se cair nm buraco fundo e escuro
Sem ter onde se agarrar...
Responsabilidades aumentam
Será que dá para se arcar?
Rearrumar a vida
para tudo isso suportar...
Mas, agora, qualquer revés
torna-se uma turbulência enorme
E você conduz sua nau
pelas águas das violentas tempestades
Mas, em meio a toda essa tormenta
devo buscar a corda da vela
consertar o mastro quebrado
apontar o barco na direção do vento
e rasgar o negro do céu nublado noturno
como o guerreiro que atira a lança
ao coração do monstro lendário
e, assim, chegar a águas calmas
Mas eu ainda me sinto muito fraco
Muito desamparado
Será que conseguirei?
Como ser forte como uma rocha
se minha alma ainda é mole como seda?
Como manter meu rumo
se meu leme ainda está quebrado?
Perguntas sem respostas
sem respostas...
Dias passam...
Dias passam...
A sensação ruim continua...
O futuro traz problemas amargos...
Preocupações o tempo todo
O medo
A sensação de se cair nm buraco fundo e escuro
Sem ter onde se agarrar...
Responsabilidades aumentam
Será que dá para se arcar?
Rearrumar a vida
para tudo isso suportar...
Mas, agora, qualquer revés
torna-se uma turbulência enorme
E você conduz sua nau
pelas águas das violentas tempestades
Mas, em meio a toda essa tormenta
devo buscar a corda da vela
consertar o mastro quebrado
apontar o barco na direção do vento
e rasgar o negro do céu nublado noturno
como o guerreiro que atira a lança
ao coração do monstro lendário
e, assim, chegar a águas calmas
Mas eu ainda me sinto muito fraco
Muito desamparado
Será que conseguirei?
Como ser forte como uma rocha
se minha alma ainda é mole como seda?
Como manter meu rumo
se meu leme ainda está quebrado?
Perguntas sem respostas
sem respostas...
domingo, 22 de março de 2015
Mãe (à Leony)
Mãe (à Leony)
No início é apenas uma sensação
Tato quente, alimentação
Com o tempo, é uma voz amável
Que te trata de forma afável
Mais tarde, ela chama tua atenção
Para lhe indicar na vida a melhor direção
Nesse momento, você já a vê
E sabe que, com ela, sua vida vai viver
O tempo passa, você cresce
A inocência se desvanece
A intempérie se instaura
Fere agudamente sua alma
E, desta vez, é você quem acolhe
Nesses momentos de dor, não há ninguém quem olhe
Mas você, firme está lá
E ela sabe que em você pode contar
Mas o tempo, esse miserável
Muda tudo de forma implacável
Você cresce, a vida distancia
"Busque novos rumos!", a vida desafia
Você não está mais por perto
E o seu antigo mundo cai num futuro incerto
Espiral descendente
Espiral descendente...
Hoje, as dores não mais existem
Nem os sofrimentos
Exceto para nós, que ainda revivem
Os antigos momentos
Numa tentativa vã de aplacar a dor
E de superar o estado de torpor
Força devemos buscar
Para o difícil futuro poder encarar...
Pelo menos, ficam as lembranças...
No início é apenas uma sensação
Tato quente, alimentação
Com o tempo, é uma voz amável
Que te trata de forma afável
Mais tarde, ela chama tua atenção
Para lhe indicar na vida a melhor direção
Nesse momento, você já a vê
E sabe que, com ela, sua vida vai viver
O tempo passa, você cresce
A inocência se desvanece
A intempérie se instaura
Fere agudamente sua alma
E, desta vez, é você quem acolhe
Nesses momentos de dor, não há ninguém quem olhe
Mas você, firme está lá
E ela sabe que em você pode contar
Mas o tempo, esse miserável
Muda tudo de forma implacável
Você cresce, a vida distancia
"Busque novos rumos!", a vida desafia
Você não está mais por perto
E o seu antigo mundo cai num futuro incerto
Espiral descendente
Espiral descendente...
Hoje, as dores não mais existem
Nem os sofrimentos
Exceto para nós, que ainda revivem
Os antigos momentos
Numa tentativa vã de aplacar a dor
E de superar o estado de torpor
Força devemos buscar
Para o difícil futuro poder encarar...
Pelo menos, ficam as lembranças...
segunda-feira, 2 de março de 2015
Poesia - Passando Mal
Passando Mal
(29/12/2011)
Primeiro
vem o cansaço
Depois,
o mal estar
Quando
vejo, vou desmaiar
E
no sofá, vou deitar
Aí,
é melhor ir para a cama
Só
me levanto para no banheiro ir me aliviar
Meu
corpo dói pra caramba
E
estou perto de vomitar
Vem
a febre
Vem
o frio
Vem
a revolta das salmonelas
No
dia seguinte, eu acordo
E
a bonança depois da tempestade
Meu
corpo preparado para outra maldade
domingo, 1 de março de 2015
Poesia - Fim do Mundo!
Fim Do Mundo!
(17/12/2012)
Disseram
que no próximo fim de semana acaba o mundo!
Palavra
dos antigos Maias
Sairão
da terra os moribundos
E
voarão pelo céu as arraias
Alguns
já subiram a serra
Para
olhar, lá do alto
O
fim do Planeta Terra
E
a agonia do incauto
Mas,
será que o mundo acaba mesmo?
Sei
lá, para mim, já acabou
Morro
se comer muito torresmo
Morro
se me portar da forma como eu sou
Morro
atingido por bala perdida
Morro
pela doença inesperada
Vivo
cercado pela criatura combalida
Vivo
com a minha paciência atacada
Que
mundo que nós criamos?
Sentimentos
de raiva, sentimentos insanos
Busca
desesperada pelo vil metal
Faz
a todos passar muito mal
Guerras
exterminam a torto e direito
Deixando
os mais otimistas sem jeito
Assim
não dá, fica impossível!
Transformamos
nosso planeta em lugar terrível!
Chego,
então, a uma conclusão
Não
é sobre o fim do mundo que devemos falar
Mas
sim, sobre como recomeçar
E
ver onde o sonho virou ilusão
Buscar
renovar a esperança
Pois
o humano conhece a temperança
Construir
uma Terra de futuro e amor
E
purgar de vez a maldita dor
(Poema
terminado em 31/1/2013, ou seja, os Maias foral mal interpretados...)
sábado, 28 de fevereiro de 2015
Poesia - Ilha das Ilusões Perdidas
Ilha Das Ilusões
Perdidas (07/02/2013).
Oh!
O que vejo na praia?
Debaixo
de coqueiros lilases
Bailarinas
rosas, todas meninas, metendo os dedos
Dedos
dos pés!
Na
areia fofa, a saltitar
Elas
são as melhores do mundo!
Todos
os êxitos, nenhum fracasso!
E
uma multidão a aplaudir
Olho
para outro lado
E
vejo meninos a jogar bola
Que
craques maravilhosos eles são!
Dribladores
inveterados!
Passam
um, dois, três... e é gol!
Campeões
do Mundo!
Taças,
títulos e sucessos!
O
Universo a seus pés!
Adentro
a ilha
A
floresta fica densa, escura
Tenho
muito medo!
Quando
o breu é total
Vejo
um pequeno ponto de luz
Me
aproximo e acho uma gruta
Cuja
luz vem de dentro
Estou
com receio, mas entro
Ali,
encontro um mundo urbano
Só
com adultos...
Um
mundo cinza, de gente normal
Fazendo
coisas normais
Motoristas,
porteiros, professores
Bancários,
farmacêuticos, médicos
Engenheiros,
comerciantes, faxineiros
Todos
com semblantes sisudos
Só
aí é que me dei conta
Eles
deram as costas para o mar
Abandonaram
a infância
Voltaram-se
para o real
Assumiram
suas responsabilidades
Amadureceram
e endureceram
Esqueceram
os seus sonhos
E
perderam as suas ilusões.
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015
Poesia - O Tempo Não Passa
O Tempo Não
Passa (23/11/2012)
O
moribundo poeta dizia
“O
tempo não para”
Ah, mas não é só isso!
O
tempo, também, não passa!
Principalmente
se estamos mergulhados
em
profunda agonia
Aí,
cada segundo é uma eternidade
E
a alegria é a falsidade
Ah,
relógio! Teus ponteiros se arrastam
Maldita
inércia temporal!
Tudo
fica lento, muito lento...
Enquanto
você trabalha...
A
morosidade é o rebento
do
sujeito que rala e ralha
Socorro!
Acelera o ponteiro!
Assim,
nunca acabarei inteiro!
Na
praça, a babá socorre o neném
Fraldas
sujas e mamadeiras também
O
chocalho oscila rápido
Mas
o mostrador digital é estático
Temperatura
alta, tempo mole
O
calor derrete a velocidade
Parece
até maldade
Mas
não vejo o futuro da cidade
Ah,
mas o tempo só correrá
se
o prazer chegar
Aí,
o tempo sumiu!
Ninguém
sabe, ninguém viu!
“Vida
louca, vida breve”, assim dizia o poeta
Daí
surge a dúvida:
Vivo
pouco, mas bem
Ou
vivo muito, mas mal???
sábado, 21 de fevereiro de 2015
Poesia - Chuva de Estrelas
Chuva De
Estrelas (23/11/2012)
Olha
lá no céu!
O
que é aquilo?
São
as estrelas caindo?
O
mundo se acaba?
O
Universo se esgarça?
Que
lindo é tal espetáculo!
A
retratar tragédia tão violenta!
Que
ceifa a vida em tormenta!
Lá
vêm as supergigantes azuis!
Luz
que cega, queima!
Luz
que desintegra...
Meu
corpo já não vive...
Mas
tamanho espetáculo supera as fronteiras da morte
Ainda
vejo a queda dos astros
Gigantes
vermelhas, frias
Dão
um tom rúbeo ao firmamento
Aí,
aparecem as anãs brancas
Corpos
frios, densos, brasas espaciais
Que
se apagam em anãs marrons
Logo
após, estrelas de nêutrons
Ah,
suas degeneradas!
Algumas
são tão exibidas, mas tão exibidas
Que
giram magneticamente, giram, giram!
Tresloucados
pulsares!
Por
fim, o estágio final
Violentas
fontes de raios-X
E
nada para ver...
Mas
eles estão lá, com certeza!
Tudo
atraem, até a luz!
Dilaceram
e devoram a tessitura do Universo!
São
os enviados do apocalipse!
São
os buracos negros!
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015
Poesia - Redução de Amplitudes
Redução De
Amplitudes (23/11/2012)
Quão
altas estão minhas amplitudes!
Quantas
vicissitudes!
Oscilo
entre o triste e o muito triste
Felicidade
não bota dedo em riste!
Dívidas,
problemas, preocupações!
Desânimos
e falta de emoções!
Estou
cansado de tudo isso!
Procuro
buscar em vida novo compromisso!
Quero
um foco certeiro
Um
objetivo maneiro
Estabilizar
as tristezas
Não
mais temer as incertezas
Se
mexer e ver o que vai dar
E,
na felicidade, ainda acreditar
Libertar-me
da maldita rotina
Assim
como a presa foge da rapina
Vamos
apagar as mágoas do passado!
Vamos
nos libertar do ranço desmesurado!
Chega
de dor!
Chega
desse maldito torpor!
Quero
viver, quero respirar!
Quero
voltar a amar!
Amar
sem medo da decepção!
Sem
cair de cabeça na frustração!
Daí
é necessário o equilíbrio
Nem
feliz demais, nem triste demais
Assim,
evito meu martírio
E
não me atormento com tormentas banais
Redução
das amplitudes, penso eu
Pois
meu sofrimento ninguém mereceu
Só
assim, da letargia irei sair
E
ressuscitarei para todo o meu porvir...
Poesia - Infernos Azuis
Infernos Azuis (06/11/2012)
Vem
chegando a tempestade
Manto
negro sem caridade
Encobre
o céu formoso
Com
a repugnância do leproso
Primeiro,
a leve brisa
Que
vem como quem avisa
A
tormenta só irá mais crescer
E,
sem piedade, tudo vai varrer
Vento
vem violento
A
fúria é o seu elemento
Raios
sonoros de brilhos
Trovões
de cores azuis sobre milhos
A
lavoura testemunha a tragédia
Destruída
ela é, sem média
O
negro desaba em água
Da
moça indefesa, nem sobra anágua
O
céu abre, chega a bonança
Agora
impera a temperança
Firmamento
se torna azul claro
O
arco-íris descreve seu aro
O
silêncio impera no vale
Nenhuma
voz, não há quem fale
Essa
é a outra face da natureza
Que
faz da calma sua ode a beleza
Estranha
sina, a da azul cor
Num
momento, ela traz dor
Na
brutalidade de raios e trovões
Que
destroem vidas e corações
Noutro
momento, ela traz alegria sem par
Estampada
em céu e mar
É
o azul, a cor da vida
Em
altos e baixos, passa destemidaquarta-feira, 18 de fevereiro de 2015
Poesia - Tudo se Acaba
Tudo
Se Acaba (03/12/2012)
Tudo
se acaba
Tudo
se lava
Tudo
se resvala
Nada
mais fica
Nada
mais sobra
Nada
mais cola
Acabou-se
a esperança
Não
vejo mais temperança
Mergulho
em brumas de trevas
Não
vejo nada a minha volta
Estou
sozinho num mundo de escuridão
A
tristeza é a minha única compreensão
Um
vulto surge no negro veludo
É
um cavalo alado, igualmente escuro
Fantasma
maldito vem me assombrar
Fruto
de minha própria cabeça, a atormentar
Malogrado
é o homem que cria insanamente
Seus
próprios demônios, habitantes da mente
O
Pégaso enegrecido por mim sobrevoa
Mas,
eis que surge uma luz que destoa
É
um Pégaso branco, trazendo a esperança
Meu
coração se enche de alegria!
Mas,
ao olhar a sua face, rápido eu ajo
E
enterro a lança da mágoa em seu coração num ato
O
ser alado, ferido, expele sangue negro
Volto-me
para o Pégaso das trevas
Também
o atinjo no órgão vital
Este
elimina um sangue branco
Os
dois nobres seres a minha frente agonizam
Eles
possuem a mesma face!
Um
misto de ódio e melancolia
Cuspindo
um último suspiro de amargura...
Percebo,
então, o significado daqueles seres
Eles
são as duas partes de meu eu
Eles
são Yang e Yin, um completa o outro
Meu
lado bom e meu lado mau, o positivo e o negativo
Ligados
pelo cimento da desilusão
Expresso
em suas iguais faces
Minha
alegria é contaminada pela tristeza
E
minha maior alegria é ser triste.
terça-feira, 17 de fevereiro de 2015
Espaço para a poesia...
Olá a todos. Como este espaço tem ficado meio parado, decidi incrementá-lo com as minhas poesias. Tenho uma produção que comporta cerca de duzentas poesias. Algumas delas já foram publicadas nos primórdios do Yoshiwara´s World. Volto aqui a publicar minhas poesias, agora no Ateliê Lohse. Mas isso não significa que abandonei a fotografia e minhas pinturas, desenhos e colagens. Em breve, eles retornarão. Por ora, retornemos com as poesias...
Esperança
(04/12/2012)
Ei
você!
Você
mesmo!
Que
está acabrunhado, agoniado...
Que
não vê o futuro no horizonte...
Que
desistiu da vida...
Que
não tem mais amor...
Que
acha sua existência insignificante...
Que
não tem mais alegrias...
Saia
daí! Levante-se! A vida o espera!
Se
não dá para ir de um lado,
vá
por outro!
Busque
novos caminhos!
Novas
pessoas!
Novas
perspectivas!
Você
não tem o direito de se magoar!
Muitos
já fazem isso com você!
A
vida corre em suas veias.
Então,
ainda dá para mudar!
Você
errou, e não te perdoaram?
Primeiro
se perdoe, então!
E
busque alguém mais compreensível!
Todos
são carentes no mundo!
Todos
precisam de alguém!
Inicie
sua busca já!
As
pessoas têm qualidades e defeitos.
Desfrute
as qualidades!
Esqueça
os defeitos!
Olhe
o melhor de cada um!
Olhe
o melhor de si mesmo!
Torne
a vida dos outros mais feliz...
Dê
felicidade, busque felicidade...
Quem
não aceitar a tua, azar...
Você
tem tudo para ser feliz, meu amigo...
É
só olhar o mundo de outro jeito...
Assim,
as adversidades não te abaterão...
Divirta-se!
Ame! Mesmo que você não seja amado...
Alguns,
com certeza, gostarão de você...
Ria,
traga alegria às pessoas...
E
elas não te abandonarão...
Para
finalizar essas linhas, só lembro:
“Só
se leva dessa vida, a vida que se leva”.
domingo, 25 de janeiro de 2015
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