O Tempo Não
Passa (23/11/2012)
O
moribundo poeta dizia
“O
tempo não para”
Ah, mas não é só isso!
O
tempo, também, não passa!
Principalmente
se estamos mergulhados
em
profunda agonia
Aí,
cada segundo é uma eternidade
E
a alegria é a falsidade
Ah,
relógio! Teus ponteiros se arrastam
Maldita
inércia temporal!
Tudo
fica lento, muito lento...
Enquanto
você trabalha...
A
morosidade é o rebento
do
sujeito que rala e ralha
Socorro!
Acelera o ponteiro!
Assim,
nunca acabarei inteiro!
Na
praça, a babá socorre o neném
Fraldas
sujas e mamadeiras também
O
chocalho oscila rápido
Mas
o mostrador digital é estático
Temperatura
alta, tempo mole
O
calor derrete a velocidade
Parece
até maldade
Mas
não vejo o futuro da cidade
Ah,
mas o tempo só correrá
se
o prazer chegar
Aí,
o tempo sumiu!
Ninguém
sabe, ninguém viu!
“Vida
louca, vida breve”, assim dizia o poeta
Daí
surge a dúvida:
Vivo
pouco, mas bem
Ou
vivo muito, mas mal???

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