quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Poesia - Infernos Azuis

Infernos Azuis (06/11/2012)
Vem chegando a tempestade
Manto negro sem caridade
Encobre o céu formoso
Com a repugnância do leproso
Primeiro, a leve brisa
Que vem como quem avisa
A tormenta só irá mais crescer
E, sem piedade, tudo vai varrer

Vento vem violento
A fúria é o seu elemento
Raios sonoros de brilhos
Trovões de cores azuis sobre milhos
A lavoura testemunha a tragédia
Destruída ela é, sem média
O negro desaba em água
Da moça indefesa, nem sobra anágua

O céu abre, chega a bonança
Agora impera a temperança
Firmamento se torna azul claro
O arco-íris descreve seu aro
O silêncio impera no vale
Nenhuma voz, não há quem fale
Essa é a outra face da natureza
Que faz da calma sua ode a beleza

Estranha sina, a da azul cor
Num momento, ela traz dor
Na brutalidade de raios e trovões
Que destroem vidas e corações
Noutro momento, ela traz alegria sem par
Estampada em céu e mar
É o azul, a cor da vida
Em altos e baixos, passa destemida

Nenhum comentário:

Postar um comentário