Infernos Azuis (06/11/2012)
Vem
chegando a tempestade
Manto
negro sem caridade
Encobre
o céu formoso
Com
a repugnância do leproso
Primeiro,
a leve brisa
Que
vem como quem avisa
A
tormenta só irá mais crescer
E,
sem piedade, tudo vai varrer
Vento
vem violento
A
fúria é o seu elemento
Raios
sonoros de brilhos
Trovões
de cores azuis sobre milhos
A
lavoura testemunha a tragédia
Destruída
ela é, sem média
O
negro desaba em água
Da
moça indefesa, nem sobra anágua
O
céu abre, chega a bonança
Agora
impera a temperança
Firmamento
se torna azul claro
O
arco-íris descreve seu aro
O
silêncio impera no vale
Nenhuma
voz, não há quem fale
Essa
é a outra face da natureza
Que
faz da calma sua ode a beleza
Estranha
sina, a da azul cor
Num
momento, ela traz dor
Na
brutalidade de raios e trovões
Que
destroem vidas e corações
Noutro
momento, ela traz alegria sem par
Estampada
em céu e mar
É
o azul, a cor da vida
Em
altos e baixos, passa destemida
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